07/12/09

why?

Porquê?
Por que é que a vida tem que ser tão injusta, tão cruel, tão obscura, tão inconstante, tão difícil? Por quê? Não consigo entender, serei eu? Será que está em mim o problema? Será que só eu consigo ver a dor, o sofrimento, a constante injustiça desta vida? Será que faz tudo parte da minha imaginação? Ou será que todos vêm, mas têm medo de intervir, com receio que isso afecte a sua estável e perfeita vida?
Por quê? Expliquem-me só, por que é que aqueles que, durante toda a sua vida, se movem em função de agradar e ajudar os outros, sofrem, adoecem ou morrem em vez daqueles que somente se preocupam com eles próprios, sem querer saber do resto, dos outros, sem amar ninguém, sem dar valor ou sequer atenção àquilo que os engloba, àqueles que estão à sua volta? Por que é que todos os dias, milhares de crianças morrem? Por quê é que cada vez é que cada vez mais, os hospitais se enchem de pessoas até à data saudáveis? Por que é que os homens, em vez de tentarem alcançar conhecimento, aprofundam a sua extrema ignorância através de guerras? Por quê é que outros Homens sofrem devido à ignorância destes? Por quê é que estes mesmos Homens não se aventuram a conhecer melhor o próximo e o crucificam logo, devido à sua diferença, de cultura, cor, linguagem, vestuário, religião? Por quê é que a diferença não é vista com um valor positivo, como uma qualidade? Por que é que, se o mais importante é o amor e o conhecimento, há todos os dias uma série de roubos, de assassinatos? Qual é o real interesse em matar?! Qual é a satisfação que obtemos com esse acto? Sem dúvida, é inexplicável, de facto! Por quê é que cada vez mais, vivemos presos na “caverna”, sem tentar sair dela? Por que razão a morte nos assusta e custa tanto? Quero saber o que está por trás da morte, para ultrapassar o meu medo! Mas como? Não entendo! Porque é que os que mais amamos desaparecem sem podermos fazer nada para o impedir? Por quê é que a “partida” é definitiva? Se a morte traz paraíso e libertação, não entendo, para quê hospitais, curas, aliás, para quê viver?
E nestes momentos de pura insegurança, surgem as predominantes questões:
Será que Deus realmente existe? Se existe, por quê é que eu estou a perguntar tudo isto? Será que o Homem é assim tão inteligente quanto pensamos ser? Se o é, o porquê destas questões? Porquê eu?! Porquê a mim?! Onde é que eu errei?! Será que mereço? Que fiz eu para merecer isto?!
Apenas preciso de uma explicação para o facto de indivíduos com família, amigos, enfim, uma vida quase que traçada, se deparam com doenças trágicas, com acidentes, constipações, o que seja, que o impedem de passar, por exemplo o Natal com a família, um momento de amor, alegria, união, com os que mais ama, aqueles que fazem com que a sua vida tenha sentido.
Não percebo o porquê de esta vida ser tão mas tão injusta, tanto para uns como para outros, tornando-se, isto, numa bola de neve que nos leva à tristeza, depressão, infelicidade, ódio, raiva, desilusão, rejeição e por fim, morte. A cada minuto que passa, um sorriso é destroçado, despedaçado, retirado, é encontrado perdido na tristeza da desilusão, pois, o Homem chega a ser tão ignorante ao ponto de não notar, que ao chorar ou gritar, está a retirar a felicidade de alguém. As palavras e actos têm que ser bem medidos, pois, aqueles que nos tornam na pessoa mais concretizada do mundo, podem magoar e enterrar alguém. É triste, mas é verdade.
Deste modo, quanto mais me questiono, mais dúvidas tenho, por mais que me esforce, não consigo encontrar respostas válidas para as minhas questões pois, não as há.
De facto, o que posso concluir é que a própria vida é triste, pois sempre ouvir dizer que, existe um início, meio e fim, e que o fim é a conclusão de tudo, sendo este o mais importante, aquele que nos leva ao fim da história, e que termina sempre com a dita “partida”. Para mim, esta é triste, pelo menos para aqueles que continuam a sua vida “por cá”.
Enfim, apenas encontro uma única pergunta que abarca tudo isto:
Porquê?

victoriaayuso

1 comentário:

kika , disse...

amor, a vida é um desafio que nos foi atribuído desde o dia em que nascemos. não devemos acha-la inútil e não podemos fugir dela, temos sim que enfrentá-la com os sorrisos que vamos cultivando, com a amizade que temos pelas pessoas que se preocupam connosco e pelos detalhes do dia a dia. tu sabes que quando tiveres com medo eu estarei aqui para te apoiar, sempre!

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